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Lula se reúne com Motta e líderes e deixa anistia em 2º plano

Lula se reúne com líderes partidários para discutir prioridades do governo, mas tema da anistia fica em segundo plano. O presidente reafirma sua posição contra concessão de perdão a quem não foi condenado.

Reunião do Presidente Lula com Líderes Partidários

Na noite de 23 de abril de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e 16 líderes partidários. O objetivo inicial era discutir o projeto de anistia para os presos do 8 de Janeiro, mas este assunto ficou em segundo plano.

Lula se posicionou contra a concessão de perdão a pessoas que “nem foram condenadas”. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), que articulou o pedido de urgência para o projeto, não participou do jantar.

Este foi o primeiro encontro do presidente em sua terceira gestão na residência oficial da presidência da Câmara. A reunião faz parte do esforço do Executivo para melhorar o diálogo com os deputados, que criticaram a distância do Planalto.

Em 2 de abril, Lula havia se reunido com o presidente do Senado e líderes da Casa, em um encontro de 3 horas. O jantar com Motta e os líderes teve um tom informal, com Lula fazendo brincadeiras, mas evitando comentários sobre sua negativa à indicação do União Brasil ao Ministério das Comunicações. O impasse foi resolvido com a escolha de Frederico de Siqueira Filho para o cargo.

Durante a reunião, Lula solicitou prioridade à PEC da segurança pública e ao projeto que isenta o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000.

Lista dos congressistas que participaram do jantar:

  • Hugo Motta
  • Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA)
  • Demais líderes partidários presentes

O requerimento de urgência para o projeto de anistia foi protocolado em 14 de abril por Sóstenes Cavalcante, com 264 assinaturas, superando a maioria absoluta de 257 necessária.

Se aprovado, o projeto poderá ser votado a qualquer momento, sem passar pelas comissões permanentes. Sóstenes tem pressionado Hugo Motta para pautar o requerimento, ameaçando reter emendas de comissão se o assunto não avançar.

Motta, por sua vez, defende um acordo com o STF para revisar as penas dos condenados como alternativa à anistia.

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