Lula tem 3 semanas para se equilibrar entre moderação e retórica anti-impearlista
Governo Lula opta por uma abordagem cautelosa diante das tarifas de Trump, buscando diálogo enquanto articula um plano de ação. A situação gera incertezas sobre os impactos econômicos e a resposta do Brasil nas próximas semanas.
Governo Lula adota postura moderada diante da tarifa de 50% lançada por Donald Trump sobre produtos brasileiros, com previsão de entrada em vigor em agosto.
A estratégia é esperar a oficialização da medida antes de responder, ao mesmo tempo em que se articula com representantes do empresariado para avaliar possíveis ações.
Nos bastidores, há esperança de ampliar apoio junto a setores que costumam se alinhar a Jair Bolsonaro, como o agronegócio.
Lula deve calibrar seu discurso: endurecer a posição do Brasil, mas mantendo disposição para negociações e evitando escaladas.
Esse equilíbrio é essencial, pois o presidente tem histórico de declarações contundentes, especialmente sobre questões de “imperialismo”.
Apesar da mensagem enigmática de Trump, integrantes do governo acreditam que isso não fecha portas para uma reviravolta, embora o presidente americano ainda não tenha sinalizado qualquer mudança.
Os negociadores brasileiros estão em estado de incerteza. As discussões com os EUA, que inicialmente estavam positivas, foram impactadas pela notícia da tarifa.
Se nada mudar até agosto, a possível retaliação brasileira precisará ser moderada para não afetar a economia doméstica, já que a tarifa dos EUA teria grandes efeitos no mercado local.
O governo considera quebras de patentes de remédios e produtos agrícolas como possíveis respostas.
Questionamentos sobre os impactos reais das tarifas de Trump estão no foco: haverão efeitos na inflação, PIB ou emprego? Estas questões dominarão os debates enquanto governo e setor privado buscam soluções.