'Lula vai colher benefícios por ser atacado por Trump, mas deve evitar briga maior', diz Economist
Lula deve capitalizar politicamente a crise com Trump, defendendo a soberania brasileira. Enquanto isso, o impacto econômico do tarifaço é considerado limitado, com exportações brasileiras pouco afetadas.
Presidente Lula colherá benefícios após ser atacado por Donald Trump, segundo a revista The Economist.
Tarifaço de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros entrou em vigor e gerou reações. Trump alegou a taxação como resposta ao julgamento de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil.
A revista cita que o Brasil não foi o único alvo de Trump; o Canadá também recebeu avisos em questões políticas.
A The Economist considera o caso do Brasil como o "mais claro" exemplo de Trump usando o comércio para interferir em assuntos internos de outro país.
Lula reagiu ao tarifaço, acusando Trump de interferência na Justiça brasileira e reafirmando a independência do STF.
A crise pode ter sido vista como um ganho de imagem para Lula, que defendeu a soberania nacional frente à ofensiva americana.
O impacto do tarifaço é considerado "provavelmente limitado", já que as exportações brasileiras representam menos de um quinto do PIB. Apenas 13% estão expostas às novas taxas.
O Goldman Sachs manteve sua previsão de crescimento do PIB do Brasil em 2,3% para este ano.
No entanto, Lula planeja consultar outros membros do Brics sobre formas de mitigar as tarifas, o que pode desencadear uma guerra comercial.