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Lula veta trechos de projeto de lei que prevê exame toxicológico para categorias A e B da CNH

O presidente vetou partes essenciais do novo Código de Trânsito Brasileiro, incluindo a obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas iniciantes. A decisão visa evitar impactos financeiros e garantir segurança jurídica na implementação das novas regras.

Presidente Lula sanciona parcialmente o Projeto de Lei nº 3965/2021 sobre o Código de Trânsito Brasileiro.

O Palácio do Planalto impôs cinco vetos a trechos do texto, incluindo:

  • Assinatura eletrônica de contratos de veículos;
  • Exame toxicológico obrigatório para categorias A e B na primeira habilitação;
  • Clínicas médicas como postos de coleta toxicológica;
  • Vigência imediata da lei.

Justificativas para os vetos apontam:

  • Risco à segurança jurídica;
  • Impacto financeiro para a população;
  • Necessidade de tempo para implementação.

O veto mais sensível foi o que tornava obrigatório o exame toxicológico para a obtenção da primeira habilitação nas categorias A e B. O governo argumentou que isso aumentaria custos e poderia incentivar a condução sem habilitação.

Outro veto rejeitou a exigência de assinaturas eletrônicas em plataformas homologadas, para evitar fragmentação da infraestrutura e gerar insegurança jurídica.

Além disso, vetou-se a permissão para clínicas médicas funcionarem como postos de coleta, argumentando que isso prejudicaria a confiabilidade dos exames.

O Executivo também rejeitou a vigência imediata da nova lei, estabelecendo um prazo de 45 dias após a publicação.

Apesar dos vetos, o projeto mantém o objetivo de utilizar recursos de multas de trânsito para custear a carteira de habilitação de pessoas de baixa renda.

A decisão de manter ou derrubar os vetos cabe ao Congresso Nacional, que ainda não tem previsão para votação.

Com O Globo.

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