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Lupi pede demissão após fraudes no INSS

Carlos Lupi deixa o cargo sob pressão das investigações da Polícia Federal sobre fraudes no INSS. O esquema, que gerou prejuízos de R$ 6,5 bilhões, envolve descontos não autorizados em aposentadorias.

Ministro da Previdência, Carlos Lupi, pediu demissão nesta 6ª feira (2.mai.2025) após investigações da PF sobre um esquema de descontos em aposentadorias do INSS. O prejuízo da fraude é de R$ 6,5 bilhões entre 2019 e 2024.

Lupi se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. A reunião não estava na agenda oficial.

Conforme apurado, Lupi foi aconselhado por deputados a renunciar, atribuindo a origem das fraudes ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa é a 11ª mudança na Esplanada desde o início do 3º mandato de Lula em 2023, e o novo ministro ainda não foi anunciado.

Atas do CNPS mostram que Lupi foi alertado sobre os descontos não autorizados em junho de 2023, mas só agiu em abril de 2024. Ele preside o conselho, que inclui representantes do INSS e entidades de aposentados.

Uma pesquisa da AtlasIntel indicou que 77% dos votantes de Lula desejam sua saída, com 94,6% dos bolsonaristas apoiando a substituição.

A operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril, cumpriu 211 mandados, resultando em 6 prisões e a apreensão de bens avaliados em R$ 1 bilhão. O esquema envolvia descontos irregulares por entidades de classe sem autorização dos beneficiários.

A auditoria da CGU revelou que 70% das entidades analisadas não apresentaram documentação exigida. 1.300 beneficiários entrevistados afirmaram não ter autorizado descontos.

O Governo afastou 6 pessoas, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. O ministro da Justiça mencionou os nomes dos afastados, e um policial federal também foi exonerado.

No dia 30 de abril, Lula nomeou Gilberto Waller Júnior como novo presidente do INSS; ele era corregedor da Procuradoria Geral Federal.

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