Lupi pede demissão do governo após escândalo no INSS

Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pede demissão após reunião com o presidente Lula devido ao escândalo de descontos indevidos no INSS.

Lupi anunciou sua saída em uma rede social, enfatizando que não foi citado nas investigações em andamento. Ele afirmou ter apoiado todas as apurações relacionadas ao caso.

Wolney Queiroz, atual secretário-executivo, foi nomeado como seu substituto. A exoneração e a nova nomeação serão publicadas no Diário Oficial da União.

O Palácio do Planalto considerou a permanência de Lupi insustentável, pois a pressão sobre o governo não diminuiu, mesmo após a saída de Alessandro Stefanutto do INSS.

A oposição protocolou um pedido para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara, e busca também uma CPI Mista com a participação de deputados e senadores.

A Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União, investiga um esquema de deduções irregulares de benefícios, resultando em cobranças indevidas de R$ 6,3 bilhões e, possivelmente, até R$ 8 bilhões desde 2016.

No entanto, a investigação não atribui responsabilidades diretas a Lupi, que enfrenta críticas por suposta omissão em relação a alertas de irregularidades desde 2023. Ele defende que uma auditoria comprove seu empenho em evitar desvios.

Após a crise, o governo suspendeu convênios com entidades investigadas e se comprometeu a restituir os valores retirados indevidamente aos aposentados.

A demissão de Lupi marca a 11ª alteração no primeiro escalão do governo Lula, sendo a quarta relacionada a escândalos.