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Mães executivas: sobrecarga mental e pressão por aprovação são os principais obstáculos nas empresas

Pesquisa revela que mães enfrentam barreiras significativas no ambiente corporativo, impactando sua saúde mental e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. O estudo destaca a urgência de ações concretas para promover equidade de gênero e suporte às executivas mães nas empresas brasileiras.

Pesquisa destaca desafios enfrentados por mulheres profissionais no Brasil. A criação de filhos impacta significativamente a vida de executivas mães em diversas posições, gerando carga mental excessiva e pressão para demonstrar dedicação, segundo a pesquisa realizada pela Todas Group e Nexus.

O estudo ouviu 1.203 mulheres que trabalham em grandes empresas, das quais 54% são mães. As principais barreiras citadas foram:

  • Jornada inflexível: 23%
  • Preconceito velado: 20%
  • Dificuldade em acessar cargos de liderança: 18%
  • Falta de políticas de suporte: 16%

Sete em cada dez mulheres afirmam ter sacrificado autocuidado e saúde mental pelo crescimento profissional. 24% admitiram ter renunciado à maternidade para progredir na carreira. A prioridade central para essas profissionais é o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Dhafyni Mendes, da Todas Group, enfatiza que 75% da economia do cuidado é realizada por mulheres, mas isso não impede suas ambições profissionais. Ela critica o viés preconceituoso que associa paternidade a produtividade para homens, enquanto penaliza mulheres.

As entrevistadas esperam que ações concretas sejam tomadas, como a implementação de programas de aceleração de carreira. Marcelo Tokarski, da Nexus, observa que é vital entender as diversas necessidades de mulheres no mercado, que variam com a maternidade e cargo.

Também é ressaltada a oportunidade de crescimento que a maternidade representa. Um plano de carreira para mães é essencial. Mendes conclui que a maternidade desenvolve habilidades valiosas, impactando positivamente a carreira feminina e corporativa como um todo.

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