Maior desafio de reforma do IR será encontrar compensação justa, diz Motta
Hugo Motta destaca a necessidade de uma compensação justa para a proposta de ampliação da isenção do Imposto de Renda. A discussão sobre a reforma deve se estender pelo primeiro semestre, com previsão de análise no segundo.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o maior desafio para o avanço do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5.000 será encontrar uma “compensação justa” para não prejudicar o país.
Durante o Lide Brazil Investment Forum 2025 em Nova York, Motta disse que a discussão sobre a reforma do IR se estenderá pelo primeiro semestre, com possibilidade de análise no início do semestre seguinte.
Ele ressaltou: “Nosso maior desafio é encontrar uma compensação justa para que não tenhamos nenhuma medida sendo tomada que venha a prejudicar o crescimento econômico do nosso país”.
A reforma, proposta pela primeira vez em novembro do ano passado, não deverá ser votada antes do segundo semestre, segundo Motta. Ele destacou que mudanças no projeto pelo Congresso são “fora da realidade”.
A equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugeriu compensar a isenção do IR com uma alíquota mínima de 10% sobre a renda de quem ganha acima de R$50 mil mensais.
No evento, Motta também enfatizou a necessidade de pautas que fortaleçam a responsabilidade fiscal, visando a redução da taxa de juros, que ele considera “danosa ao desenvolvimento”.
Ele mencionou a eficiência da máquina pública e a alta carga de isenções fiscais como tópicos críticos a serem discutidos. “Parlamento está pronto para fazer esse debate… essa seria uma agenda muito positiva para o Brasil”, afirmou.
Além disso, Motta destacou que, diante da instabilidade externa causada pela política tarifária dos EUA, o Brasil precisa de pacificação política para avançar em pautas econômicas prioritárias.