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Maior fundo de crédito privado do Brasil aposta na securitização

Itaú Asset Management lança fundo inovador para diversificar investimentos em crédito privado. A estratégia visa oferecer proteção e atratividade em um cenário econômico desafiador.

Itaú Asset Management, a maior gestora de fundos de crédito privado do Brasil, está apostando em produtos securitizados para diversificação dos investidores diante do aumento das taxas de juros.

Com R$ 460 bilhões (US$ 81,2 bilhões) em crédito privado sob gestão, a gestora lança um fundo que compra pacotes de crédito, chamados de FIDCs, o primeiro com vantagens fiscais para investidores qualificados.

A chefe de crédito privado da Itaú, Fayga Delbem, destacou que "FIDCs oferecem boa proteção com relação atrativa entre risco e retorno".

Os FIDCs, que investem em crédito no Brasil, foram favorecidos por uma mudança regulatória em 2023, permitindo vendas a investidores de varejo. Esteve em alta com R$ 120,9 bilhões em entradas líquidas em 2024, após R$ 11,4 bilhões de saídas em janeiro e fevereiro.

O novo fundo do Itaú terá um imposto de 15% pago ao saque, ao contrário da cobrança semestral tradicional.

Ricardo Espindola, da Porto Asset, expressou preocupação com crédito sem garantia de empresas alavancadas e observou que os FIDCs são estruturados para estabilidade, oferecendo menor volatilidade e retornos mais altos.

Alexandre Coutinho, da Pátria Investments, enfatizou que a securitização aumenta a resiliência dos portfólios. A Pátria está lançando um fundo de pensão investindo em FIDCs e possui R$ 3 bilhões em ativos de crédito privado.

A equipe de crédito da Itaú cresceu para 25 funcionários, com pontuações de crédito próprias. No ano passado, a Itaú comprou R$ 160 bilhões em crédito privado, sendo 80% de transações de mercado primário.

Delbem finaliza: "O mercado de crédito privado se desenvolveu muito no Brasil, agora é estrutural no portfólio de qualquer investidor."

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