Maiores altas e baixas da semana: só 4 ações sobem mais de 3% e 7 caem mais de 10%
Ibovespa enfrenta sua pior semana desde maio de 2022, com recuo de 3,59% devido a tarifas impostas por Trump e incertezas no setor aéreo. Principais perdas foram observadas em ações de educação e varejo, enquanto a fusão entre BRF e Marfrig continua a gerar volatilidade.
A semana não foi fácil para o Ibovespa: o índice recuou por cinco sessões consecutivas, encerrando a sexta-feira (11) com perda de 0,41%, aos 136.187,31 pontos. No acumulado semanal, a queda foi de 3,59%.
O Ibov reagiu de forma modesta às tarifas de 50% impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros, anunciadas após o fechamento do mercado na quarta-feira. No pregão seguinte, houve uma queda de 0,54%, contrariando expectativas de perdas maiores.
A maior alta da semana foi ofuscada pelas tarifas. A BRF (BRFS3) teve sua história ligada à Marfrig (MRFG3) em busca de uma fusão, mas a vitória inicial foi apenas um “vôo de galinha”, com novo adiamento da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) informado na sexta. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitou informações adicionais, adiando a decisão por 21 dias.
As perdas do Ibovespa foram lideradas por nomes de educação, como Yduqs (YDUQ3) e Magazine Luiza (MGLU3). Contudo, a Embraer (EMBR3) foi a protagonista da semana, com recuo de 11% e perda de quase 8% em três dias.
Ainda é incerto se a Embraer será severamente impactada pelas tarifas, já que parte do mercado discorda. Analistas sugerem que companhias aéreas dos EUA podem sofrer perdas maiores que as brasileiras.