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Maioria das empresas no Brasil diz que política comercial dos EUA afetou suas atividades

Empresas brasileiras demonstram preocupação com impactos da política comercial dos EUA, apesar de efeitos diretos limitados. Em meio a incertezas, percepção sobre a economia nacional apresenta leve melhora, mas sentimento negativo ainda predomina.

Pesquisa indica impacto da política comercial dos EUA

A maioria das empresas não financeiras no Brasil percebeu efeitos da política comercial dos Estados Unidos, segundo dados da pesquisa Firmus, divulgada pelo Banco Central em 30 de outubro.

78,1% dos entrevistados relataram aumento da incerteza. No entanto, apenas 27,8% sentiram alta nos custos de insumos importados e 25,7% relataram concorrência com produtos importados. A pesquisa coletou 187 respostas entre 12 e 30 de maio.

O Copom também reconheceu um ambiente externo adverso devido à política econômica dos EUA. Em abril, o presidente Donald Trump anunciou uma alíquota de 10% sobre produtos importados, aumentando a pressão do setor de aço e alumínio, que já enfrentava tarifas anteriores de 25%.

Uma pesquisa posterior apontou que a guerra tarifária é um dos principais riscos à estabilidade financeira nos próximos três anos.

Apesar disso, a percepção das empresas sobre a situação econômica do Brasil melhorou levemente, com 43,9% apresentando um sentimento discretamente negativo em comparação a 50% em fevereiro.

As expectativas de inflação estão em linha com o boletim Focus, com uma mediana de 5,5% para o IPCA deste ano, acima do teto de 4,5% da meta do BC.

As estimativas de PIB permanecem estáveis em 2% para 2023, enquanto o BC revisou sua projeção para 2,1% em 2025.

A pesquisa Firmus busca entender a percepção das empresas não financeiras sobre seus negócios e variáveis econômicas influentes. Desde seu início em novembro de 2023, foram realizadas sete rodadas da pesquisa.

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