Maioria das vítimas de fraude perde de R$ 100 a R$ 500, revela estudo
Fraudes financeiras no Brasil crescem 9,4% em 2024, afetando 11,5 milhões de pessoas. Estratégias de proteção se tornam essenciais diante da evolução das técnicas de ataque, segundo especialistas.
Fraudes financeiras em alta: Em 2024, foram registrados 11,5 milhões de casos de fraudes, com uma expansão de 9,4%. Mais da metade dos afetados (54,2%) teve perdas financeiras.
Segundo Caio Rocha, diretor da Serasa Experian, esse crescimento reflete a sofisticação dos ataques, como deepfakes e fraudes com inteligência artificial.
Os dados sobre perdas financeiras revelam:
- 35,3% perderam entre R$ 100 e R$ 500;
- 19,5% tiveram perdas entre R$ 1 mil e R$ 5 mil;
- 12,9% entre R$ 500 e R$ 1 mil;
- 17,0% menos de R$ 100;
- 3,7% entre R$ 5 mil e R$ 20 mil;
- 3,7% acima de R$ 20 mil.
No recorte por gênero, 52,5% dos homens e 49,3% das mulheres relataram ter sido vítimas de fraudes em 2024. O público com mais de 50 anos é o mais visado, com 57,8% relatando golpes.
Os tipos de fraudes mais frequentes são:
- Uso indevido de cartões de crédito: 47,9%
- Golpes financeiros: 32,8%
- Phishing: 21,6%
Fraudes com deepfakes caíram de 9% em 2023 para 3,8% em 2024, possivelmente devido ao uso crescente de biometria facial.
Apesar da prevalência de fraudes, 84% dos respondentes ainda usam cartões de crédito, considerando-os seguros (60%).
Em 2024, 16,3% dos brasileiros relataram documentação roubada ou perdida, e 3,6% afirmaram que suas informações foram usadas para fraudes. Além disso, 19% admitiram compartilhar dados pessoais, aumentando os riscos.