Maioria dos analistas acha que Copom deveria manter Selic em 15% em setembro e novembro, mostra BC
Mais de 90% dos analistas defendem que Copom mantenha a Selic em 15% ao ano. Expectativas sobre inflação e crescimento também foram abordadas no Questionário Pré-Copom.
Questionário Pré-Copom (QPC) revela que mais de 90% dos respondentes acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic em 15% ao ano nas reuniões de setembro e novembro.
O Banco Central (BC) encaminha o QPC aos analistas antes de cada reunião para captar expectativas sobre o cenário econômico.
Na reunião de julho, 100% esperavam estabilização da Selic, e 90% acreditavam que essa era a decisão correta. Outros porcentuais sugeriram aumentos e cortes da taxa.
Para setembro, 99% projetam a Selic em 15%, enquanto 91% dizem que o Copom deve manter os juros. Além disso, para novembro, 96% esperam a mesma manutenção.
A projeção de inflação para 2025 é de 5,04%, e para 2026 é de 4,40%, com uma meta de 3%.
Sobre os riscos para o cenário do IPCA: 58% avaliam como equilibrados para 2025, e 61% para 2026.
A situação fiscal é projetada com déficits de R$ 29 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026; 57% apontaram que a situação fiscal não mudou significativamente desde o último Copom.
Quanto ao impacto da guerra comercial sobre a inflação no Brasil, 50% acreditam em efeito desinflacionário, 30% em impacto neutro e 21% em efeito inflacionário.
Além disso, 66% consideram que o ambiente externo se tornou menos favorável para economias emergentes. Para o crescimento anual, o impacto é projetado negativo para Estados Unidos (-0,7 p.p.), China (-0,5 p.p.) e Brasil (-0,2 p.p.) em 2023.
As medianas de crescimento do PIB brasileiro estão em 2,3% para 2025 e 1,8% para 2026.