Mais jornalistas foram mortos na guerra entre Israel e Hamas do que em todo o mundo em 3 anos
A guerra entre Israel e Hamas resulta em um número alarmante de jornalistas mortos, aumentando as preocupações sobre a liberdade de imprensa na região. Organizações internacionais condenam os ataques e exigem medidas para proteger os profissionais da mídia.
Mais de 190 jornalistas e profissionais da imprensa foram mortos desde o início da guerra entre Israel e Hamas em 7 de outubro de 2023, conforme dados do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Este número supera os 165 jornalistas mortos globalmente entre 2020 e 2022.
O caso mais recente envolve a equipe da Al Jazeera, que foi atingida por um bombardeio israelense em Gaza. Seis profissionais perderam a vida, incluindo os correspondentes Anas al-Sharif e Mohammed Qreiqeh.
Os funerais ocorreram em 11 de outubro, gerando indignação internacional. Líderes e organizações de direitos humanos criticaram o ataque, e a diretora regional do CPJ, Sara Qudah, declarou: "Israel está assassinando os mensageiros".
O Exército israelense alega que Sharif era membro do Hamas e estava preparando ataques. No entanto, o CPJ contestou essa acusação, descrevendo-a como uma campanha de difamação sem provas concretas.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU e o Itamaraty do Brasil condenaram a morte dos jornalistas, apontando como uma violação do direito humanitário internacional.
A Al Jazeera considerou o ataque uma tentativa de silenciar vozes em meio à ocupação de Gaza. O primeiro-ministro do Qatar acusou Israel de ataque deliberado contra jornalistas.
Desde o início do conflito, 192 jornalistas foram mortos, com 184 deles sendo palestinos. O bombardeio contra a Al Jazeera foi o mais letal para a imprensa em Gaza desde o começo da guerra.
O relacionamento entre a Al Jazeera e Israel é tenso, com Israel acusando a emissora de ameaçar sua segurança nacional. Mensagens póstumas de Sharif pedem para não esquecer Gaza.