Mais longa greve de auditores da Receita prossegue, mesmo após 1ª reunião com governo
Reunião entre auditores e governo termina sem acordo e greve dos servidores da Receita Federal continua. A mobilização, que dura 170 dias, tem afetado o fluxo de importação e exportação no Brasil.
Reunião sem acordo: A primeira reunião entre auditores da Receita e o MGI (Ministério da Gestão e Inovação) desde o início da greve terminou sem avanços nesta quarta-feira (14). A greve, iniciada em 26 de novembro, chega a 170 dias.
Demandas apresentadas: O MGI ouviu as demandas do Sindifisco Nacional (auditores fiscais) e do Sindireceita (analistas tributários), mas apenas premissas de negociação foram apresentadas, sem propostas concretas.
Reações dos sindicatos: O Sindifisco considerou a reunião "frustrante" e afirmou que não houve evolução nas negociações. As bases dos sindicatos devem discutir o que foi apresentado até sexta-feira.
Pedidos dos auditores: Os auditores solicitam um reajuste do vencimento básico, inalterado desde 2016, com exceção de um ajuste de 9% acordado em 2023. Reclamações também surgem sobre mudanças nas regras do bônus de produtividade durante a greve.
Operação padrão: Cerca de metade dos auditores está em greve, resultando em uma operação padrão que causa dificuldades na liberação de cargas. A liberação que antes ocorria em menos de 24 horas agora pode levar até 14 dias.
Impactos sobre o comércio: A Abraec relatou que a operação padrão está gerando retenções significativas nas cargas, afetando o fluxo de importação e exportação no Brasil, com priorização apenas para cargas essenciais.
Consequências financeiras: O Sindifisco afirmou que cerca de R$ 14,6 bilhões em negociações tributárias podem ser recolhidos somente após o término da greve, impactando a arrecadação do governo federal e as metas fiscais.