Mais quatro entidades devem ser alvo de processo sobre fraude no INSS
AGU aponta suspeitas de fraudes em adicionais do INSS e amplia investigação para mais quatro entidades. Medidas de bloqueio cautelar visam R$ 2,56 bilhões em bens já identificados.
Ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União (AGU), anunciou que mais quatro entidades associativas serão incluídas no processo de investigação por fraudes em aposentadorias e pensões do INSS.
A AGU já solicitou à Justiça Federal o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades, consideradas o “núcleo da fraude”, por reclamações de segurados.
Messias afirmou à Agência Brasil que as novas entidades foram identificadas devido a descontos indevidos. A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) iniciaram a Operação Sem Desconto para apurar os descontos irregulares.
Entre 2017 e 2019, houve um aumento significativo nas reclamações de beneficiários quanto a descontos não autorizados. Desde 2019, muitas entidades fraudulentas foram criadas, gerando R$ 6,3 bilhões em descontos suspeitos.
Os segurados do INSS já registraram mais de 1 milhão de pedidos de reembolso por descontos não autorizados, que podem ser formalizados pela plataforma Meu INSS ou pelo canal 135.
Cerca de 9 milhões de segurados começaram a ser notificados sobre os descontos, podendo acessar informações sobre a entidade associativa vinculada, através do serviço Consultar Descontos de Entidades Associativas no aplicativo.
Messias destacou que os dados coletados dos aposentados ajudarão a identificar mais entidades envolvidas em fraudes.