Mais Selic ou menos Selic? Uma (não) questão para a bolsa brasileira
O mercado de ações ignora a sinalização do Copom e avança com otimismo, enquanto as incertezas sobre a Selic e a política tarifária de Trump afetam a liquidez da bolsa. Apesar do crescimento do Ibovespa, a volatilidade externa preocupa investidores.
Subida da Selic é dúvida central no mercado brasileiro, mas investidores ignoram.
Na sessão de terça-feira (25), o Ibovespa avançou 0,57%, superando os 132 mil pontos. A máxima do dia foi de 133.471 pontos. No mês, o saldo positivo é de 7,55%, e no ano, 9,8%.
Apesar da sinalização mais firme do Copom sobre a Selic, o fluxo de capital estrangeiro na bolsa ajudou a amenizar o impacto da decisão. Especialistas afirmam que as ações brasileiras estão a preços historicamente baixos, atraindo investidores.
O clima foi afetado pelas oscilações nas declarações de Donald Trump, que sinalizou possíveis mudanças na tarifação recíproca prevista para 2 de abril. O dólar comercial caiu 0,75%, cotado a R$ 5,71, mas oscilações posteriores alimentaram a incerteza.
A liquidez da bolsa foi baixa, com giro financeiro de apenas R$ 14,5 bilhões, abaixo da média de R$ 16,3 bilhões dos últimos 12 meses, o que representa o menor nível desde 2019.
A decisão do Copom indica nova alta da Selic em maio, possivelmente de 0,5 ponto. O cenário-base é de mais um ajuste de 0,25 ponto, levando a Selic a 15% ao ano. Porém, o foco dos investidores agora é saber quando os juros podem começar a cair.
A pergunta que persiste: Até quando os juros permanecerão altos no Brasil?