Mais técnica e menos narrativa
A discussão sobre energia deve priorizar uma abordagem técnica e pragmática, considerando a realidade dos recursos disponíveis. O Brasil precisa evitar os erros de países como a Alemanha, que se deixam levar por narrativas ideológicas em detrimento da segurança energética.
Em 2023, o autor discute a necessidade de tratar a energia com uma visão técnica para otimizar recursos e melhorar o custo-benefício para a sociedade.
O PNE 2050 indica que o Brasil enfrenta o desafio de administrar a abundância de recursos. Essa situação pode se tornar uma "maldição" que leva a resultados econômicos insatisfatórios, apesar da riqueza natural.
A narrativa política, prevalente no Brasil e em outros países, está impactando negativamente as decisões técnicas. Nos Estados Unidos, a abordagem está mudando, focando na segurança energética e não apenas nas energias renováveis.
Coerentemente, muitos países desenvolvidos pressionam os em desenvolvimento a não utilizar suas fontes fósseis, o que é visto como uma forma de colonialismo.
Entretanto, os países pobres não podem adiar o uso de suas reservas energéticas. O apoio tecnológico dos países ricos é essencial para uma utilização limpa dos combustíveis fósseis.
Os EUA estão agora buscando garantir a oferta energética em meio a uma demanda crescente, resultante da eletrificação e do aumento do uso de tecnologia, como inteligência artificial e carros elétricos.
Por outro lado, a Alemanha mantém seu foco na narrativa de energias renováveis, desativando usinas nucleares e investindo bilhões em subsídios para energia solar e eólica. Contudo, enfrenta altos custos energéticos e deve aumentar a demanda elétrica até 2050.
A falta de um plano B na Alemanha, baseada em decisões políticas e ideológicas, serve como um alerta para o Brasil. O ideal é promover uma discussão técnica e focar na soberania nacional, evitando discursos eurocêntricos.
Como disse Joseph Manchin: “Conte sua história antes que alguém conte uma para você.”