Malafaia pode ser preso? Bolsonaro vai à prisão? Os desdobramentos após o relatório final da PF
Polícia Federal investiga Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Silas Malafaia por suposta obstrução de justiça. Novas medidas exigidas visam coibir tentativas de interferência no julgamento da tentativa de golpe de Estado.
Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) novas medidas contra Jair Bolsonaro, seu filho Eduardo e o pastor Silas Malafaia por tentativa de obstruir o julgamento de um processo sobre tentativa de golpe de Estado.
O pedido está no inquérito 4.995/DF, iniciado em 26 de maio, que investiga ações de Eduardo para pressionar autoridades dos EUA a sancionar brasileiros e interromper investigações contra Bolsonaro.
Em 15 de setembro, a PF apresentou um relatório ao STF, detalhando ações de Bolsonaro com seus aliados e revelando conversas em celulares apreendidos durante buscas.
Ações Apreendidas:
- Celulares de Bolsonaro foram apreendidos em duas ocasiões.
- Conversas revelam estratégias para pressionar o STF.
As ações podem ser consideradas como crime de coação, motivando a abertura do inquérito. Na segunda-feira, 18, o ministro Alexandre de Moraes decidiu aplicar medidas contra Malafaia e requisitar esclarecimentos de Bolsonaro.
Por que Malafaia é investigado?
Ele teve diálogos com Bolsonaro sobre ações do filho nos EUA, com “fortes indícios de participação” em atos ilícitos, segundo Moraes.
Acusações contra Malafaia: coação no curso do processo e obstrução de investigação. No momento, não há ordem de prisão, mas:
- Buscas e apreensões autorizadas.
- Quebra de sigilo de dados.
- Proibição de sair do Brasil; passaportes cancelados.
- Proibição de contato com outros investigados.
Bolsonaro e Eduardo: têm 48 horas para esclarecer novas acusações. O ex-presidente atualmente cumpre prisão domiciliar por descumprimento de medidas cautelares em outro processo.
Acusações em processo amplo: Bolsonaro é réu na Ação Penal 2.668/DF por tentativa de golpe. No inquérito atual, é investigado por coação e obstrução, com o objetivo de pressionar o STF a desistir do processo.
Próximos passos: Defesa de Bolsonaro tem 48 horas para resposta. PF deverá apresentar relatório sobre celular de Malafaia em 15 dias.