Manhã no mercado: Aversão a risco dispara após choque tarifário de Trump
Os mercados globais enfrentam uma forte aversão ao risco após a imposição de tarifas pelo presidente Trump, afetando diversas economias. O Brasil, no entanto, pode se beneficiar com a valorização do real, apesar das incertezas na bolsa e no setor de commodities.
Mercados globais reagem negativamente ao choque tarifário de Donald Trump, gerando aversão ao risco.
Na manhã de quinta-feira, futuros dos índices de Nova York caíam mais de 3% e o rendimento da T-note de 10 anos recuava de 4,127% para 4,079%.
O dólar despenca contra moedas de mercados desenvolvidos, indicando que a saída de ativos americanos pode intensificar após o “Dia da Libertação”.
O Brasil será menos impactado, com taxa mínima de 10% aplicada a todos os parceiros, enquanto a União Europeia enfrentará 20% e a China 34%.
Especialistas avaliam que as tarifas podem favorecer o real a curto prazo, mas investidores devem reduzir exposição a ações, intensificando rotação de portfólio para a bolsa brasileira.
Os preços do petróleo caem em torno de 5%, e o minério de ferro também apresenta perdas, o que pode deixar o Ibovespa vulnerável.
Dan Kawa, da We Capital, observa que tarifas são inflacionárias inicialmente, mas o impacto na inflação tende a ser pontual. Um mundo mais fechado e menos globalizado pode gerar uma recessão.
A incerteza na política econômica americana já afeta expectativas de consumidores e empresários, aumentando o risco de uma desaceleração global.
Na agenda, constam índices de atividade do setor de serviços dos EUA e Brasil, além de pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA. No Brasil, o presidente Lula participará de evento para apresentar entregas do governo.