Manhã no mercado: Dólar recua globalmente e ações avançam com expectativa maior de corte de juros nos EUA
Dólar enfrenta queda acentuada, alcançando seu menor valor em mais de um mês, enquanto o real se valoriza em meio a expectativas positivas de cortes na Selic. O cenário otimista nos mercados é impulsionado pela baixa inflação e pela assinatura de medidas de apoio pelo governo brasileiro.
Ações globais avançam com a possibilidade de corte de juros nos EUA, enquanto o dólar se enfraquece contra moedas fortes e de países emergentes.
Esse movimento foi impulsionado pelo índice de preços ao consumidor (CPI), que demonstrou que a política comercial dos EUA não está gerando pressão inflacionária significativa.
Investidores aguardam discursos do Federal Reserve (Fed) por pistas sobre a política monetária. Às 8h, o índice DXY caía 0,34%, enquanto o futuro do S&P 500 subia 0,20% e do Dow Jones ganhava 0,32%.
O enfraquecimento do dólar resultou em uma forte valorização do real, com a divisa americana fechando a R$ 5,3855, uma queda de 1,06% e seu menor valor desde 14 de junho de 2024. O Ibovespa teve alta e os juros futuros recuaram, com expectativas de cortes na Selic.
Andrea Damico, economista-chefe da Buysidebrazil, destacou que a valorização do câmbio é resultado da combinação do dólar fraco globalmente e os juros altos no Brasil. Apesar de incertezas sobre tarifas, eleições e política fiscal, a expectativa de um dólar em R$ 6,00 ou até mais não se concretizou.
Com sinais de desaceleração econômica, o mercado aguarda dados de vendas no varejo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará hoje a medida provisória do plano de contingência, que institui uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas pela tarifa de 50% imposta pelos EUA.
A MP do "Brasil Soberano" também inclui medidas sobre compras governamentais e conteúdo nacional.