Manhã no mercado: Emprego nos EUA e produção industrial no Brasil movimentam ativos
Mercados aguardam dados do emprego dos EUA enquanto consumidores se preocupam com pacote de impostos de Trump. Bolsas avançam em meio a intervenções econômicas e questões fiscais no Brasil.
Futuros dos índices de Nova York avançam na manhã desta quarta-feira, à espera dos dados de criação de vagas no setor privado da ADP.
Os números influenciarão as expectativas para o relatório oficial de empregos dos EUA, o “payroll”, que será divulgado amanhã, impactando as apostas na política monetária americana. Os acordos comerciais do presidente Donald Trump também estão em foco.
Na sessão anterior, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, mencionou as intervenções econômicas de Trump. Ele indicou que, na ausência das tarifas, o Fed já teria iniciado a redução dos juros.
Powell destacou: “Se você ignorar as tarifas, a inflação está se comportando como esperávamos”. Essa declaração ocorreu no fórum do Banco Central Europeu (BCE) em Sintra, Portugal.
Por outro lado, o Senado dos EUA aprovou um pacote de corte de impostos de US$ 4,5 trilhões proposto por Trump, que voltará para apreciação na Câmara. O Escritório do Orçamento do Congresso (CBO) estima que a proposta pode aumentar a dívida pública em mais de US$ 3,3 trilhões até 2034.
Às 8h, o rendimento dos Treasuries de dez anos subiu de 4,243% para 4,286%.
No Brasil, a produção industrial deve ter recuado 0,5% em maio, segundo o VALOR DATA. O mercado está atento à crise do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que pode impactar o equilíbrio fiscal e aumentar a percepção de risco, pressionando os juros futuros.
Ainda assim, o Ibovespa subiu 0,50% no dia anterior, alcançando os 139 mil pontos, distanciando-se dos outros mercados locais em um dia de liquidez reduzida. O dólar à vista subiu 0,51%, para R$ 5,4610, enquanto os juros futuros tiveram ajustes moderados após oscilações no dia.