Manhã no mercado: Incertezas com tarifas dos EUA e estímulo ao crédito no Brasil concentram atenções
Incertezas sobre tarifas dos EUA pressionam mercados globais enquanto confiança do consumidor cai. No Brasil, governo introduz novo crédito consignado, mas medidas podem complicar controle da inflação.
Ações globais recuam nesta quarta-feira devido a incertezas sobre a política tarifária dos EUA. O presidente Trump anunciou que medidas serão reveladas em 2 de abril, chamando a data de “Dia da Libertação dos EUA”, prometendo “muito dinheiro e empregos”.
Investidores estão atentos aos discursos do Federal Reserve (Fed), após dados apontarem queda da confiança do consumidor americano. O Conference Board revelou que expectativas de curto prazo caíram 9,6 pontos, para 65,2, o menor nível em 12 anos.
Os futuros dos índices de Nova York e ações europeias recuam por volta das 8h.
A agenda do dia inclui a atualização do “GDPNow” do Fed de Atlanta, que suscita discussões sobre uma possível recessão nos EUA.
No Brasil, serão divulgados dados do setor externo, incluindo transações correntes e investimentos diretos em fevereiro. No entanto, as atenções voltam-se para as medidas do governo que visam estimular a atividade econômica por meio do crédito, elevando os prêmios de risco pelo segundo dia.
A Caixa já começou a operar novo crédito consignado privado com taxas de 1,6% a 3,2% ao mês, considerado baixo. Desde sexta-feira, mais de 48 mil contratos foram fechados, totalizando R$ 340 milhões. Esse aumento de demanda acontece enquanto o Banco Central busca controlar as expectativas de inflação.
Bruno Marques, da XP Asset, afirmou que essas medidas de crédito são “positivas”, mas ocorrem em um “momento ruim”, pois o governo está estimulando a atividade quando o foco deveria ser a desaceleração.