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Manhã no mercado: Mau humor com crescimento global pesa sobre ativos de risco no pós-Fed e Copom

Mercados refletem aversão ao risco após revisão pessimista do crescimento global. A queda nas bolsas europeias e a alta do dólar indicam uma nova fase de incertezas financeiras.

Rali após decisão do Federal Reserve se esvai e dá espaço a uma nova onda de aversão ao risco na manhã desta quinta-feira.

Bolsas europeias operam em queda, refletindo um piora do sentimento que também impacta os futuros dos índices acionários americanos.

O dólar ganha força contra moedas principais, enquanto a demanda por segurança derruba as taxas dos Treasuries. Temores sobre o crescimento global voltam a ser destaque no mercado.

Os impactos da guerra tarifária se tornam relevantes. Após um tom otimista com a redução lenta do balanço do Fed, as perspectivas de crescimento econômico se deterioram. O Fed revisou para baixo as projeções do PIB dos EUA para 2025. Hoje, Christine Lagarde do BCE alertou sobre crescimento mais fraco na zona do euro devido a tensões comerciais.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,98% por volta das 7h55 (de Brasília). O índice DAX da Bolsa de Frankfurt recuou 1,81%. No pré-mercado em Nova York, o futuro do S&P 500 caiu 0,67% e o do Nasdaq 0,84%.

A aversão externa pode afetar o desempenho dos ativos domésticos. Apesar de um desmonte recente de posições em dólar por investidores estrangeiros, um aprofundamento na percepção de crescimento global mais fraco poderá causar correções nas apostas financeiras locais.

Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), a expectativa de alta da Selic em maio deve provocar ajustes na curva de juros. O aumento do diferencial de juros pode valorizar o real, mas a força do dólar externo pode equilibrar essa força, mantendo o real entre as moedas mais fortes da sessão.

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