Manhã no mercado: Tarifas de Trump e volume de serviços no Brasil devem guiar ativos
Novas tarifas anunciadas por Trump provocam instabilidade nos mercados financeiros e levantam incertezas sobre a aplicação das medidas. O governo brasileiro aguarda até agosto para definir sua resposta, considerando a legislação de reciprocidade e possíveis ações na OMC.
Novo ataque comercial do presidente americano, Donald Trump, ao Canadá provoca queda nos futuros das bolsas de Nova York nesta sexta-feira, após o S&P 500 e Nasdaq alcançarem novas máximas históricas.
A partir de 1º de agosto, os EUA planejam cobrir tarifas de 35% sobre importações canadenses. Contudo, analistas questionam a efetividade das tarifas e sobre a ameaça de 50%% sobre produtos brasileiros.
Por volta das 8h, futuros do S&P 500 cederam 0,70% e do Nasdaq caíram 0,63%, enquanto o DXY operava em leve alta de 0,09%, a 97,74 pontos.
A agenda do dia inclui o volume de serviços no Brasil, com estimativas indicando um avanço de 0,2%% em maio.
Trump enviou uma carta ao primeiro-ministro canadense, Mark Carney, afirmando que as tarifas seriam aplicadas sobre produtos canadenses, que já enfrentavam alíquotas de 25%%. Espera-se que a União Europeia receba uma carta similar em breve.
Em resposta, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, considerou a carta de Trump “inadmissível” e afirmou que o Brasil aplicará a lei da reciprocidade, se necessário, antes de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC).
O governo brasileiro ainda analisa possíveis respostas sem prejudicar a economia. Uma das opções envolve questões de propriedade intelectual e direitos de produção cultural.
Diante da possibilidade de uma solução negociada, ativos domésticos reagiram de maneira mais moderada às tarifas de 50%. O dólar encerrou com alta de 0,72% a R$ 5,5426, enquanto o Ibovespa fechou em queda de 0,54%, aos 136.743 pontos.