Manhã no mercado: Tarifas de Trump, revisão de rating do Brasil e incertezas com IOF devem guiar ativos
Tensões comerciais entre EUA e China aumentam com anúncio de tarifas elevadas, impactando bolsas globais e a cotação do dólar. No Brasil, rebaixamento do rating soberano pela Moody’s pressiona ativos locais em meio a incertezas sobre o IOF.
Mercado reage à decisão de Donald Trump de dobrar tarifas sobre aço e alumínio importados, de 25% para 50%. A medida, anunciada na sexta-feira, provoca recuo nas bolsas globais e no dólar, com rendimentos dos Treasuries disparando.
A China rebate as acusações dos EUA, afirmando respeito à trégua comercial. No Brasil, a Moody’s rebaixou a perspectiva do rating soberano de positiva para estável, com nota mantida em ‘Ba1’, gerando pressão nos ativos locais.
Por volta das 8h, o futuro do S&P 500 caía 0,56%, e o do Nasdaq tinha queda de 0,63%. O índice DXY recuava 0,49%, aos 98,84 pontos.
As novas tarifas começam a valer a partir de quarta-feira (4), aumentando a aversão ao risco. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, menciona que Trump deve dialogar com Xi Jinping para resolver pendências, incluindo uma disputa sobre minerais essenciais.
Na expectativa, investidores aguardam a leitura do PMI industrial dos EUA de maio e discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve.
O rebaixamento da Moody’s deve impactar os ativos no Brasil, onde analistas veem a mudança como uma “correção de rota”, dada a fragilidade fiscal. O impasse sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) continua em destaque. O presidente da Câmara, Hugo Motta, defende a revogação imediata do imposto sobre operações de risco.
Na agenda, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, debatirá a conjuntura econômica brasileira após o fechamento dos mercados.