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Manhã no mercado: Trégua comercial entre EUA e China impulsiona bolsas globais

A redução temporária das tarifas entre China e Estados Unidos traz um novo otimismo ao mercado financeiro. Investidores reagem com entusiasmo, impulsionando as bolsas globais e diminuindo temores sobre a desaceleração econômica.

Acordo entre China e EUA provoca alta nas bolsas globais

O esperado acordo entre China e Estados Unidos resultou em uma corrida por ativos de risco nesta segunda-feira. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, anunciou a redução, por 90 dias, das tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto Pequim cortou as taxas sobre produtos americanos de 125% para 10%.

Esse movimento oferece alívio aos investidores e afasta o temor de uma forte desaceleração econômica global. Por volta das 8h, os futuros do S&P 500 subiam 3,02%, e do Nasdaq, 3,94%. Na Europa, o índice Stoxx 600 avançava 0,92% e o FTSE 100 de Londres registrava alta de 0,42%.

O índice DXY, que mede a força do dólar, operava a 1,53% de alta, enquanto o petróleo Brent avançava 3,43%, a US$ 66,12 por barril.

Bessent afirmou: "O que ocorreu com essas tarifas altíssimas foi o equivalente a um embargo, e nenhum dos lados quer isso." A disputa tarifária paralisou quase US$ 600 bilhões em comércio bilateral, aumentando preocupações de estagflação nos EUA.

Economistas do Commerzbank destacam que o sucesso das negociações ainda não é certo, pois os EUA buscam reequilibrar o comércio, o que contraria os interesses da China. Contudo, afirmam que "a situação melhorou significativamente por enquanto."

No Brasil, espera-se que o acordo impulsione as ações no Ibovespa, em meio à perspectiva de fim do ciclo de alta da Selic. Os investidores devem acompanhar o Boletim Focus do Banco Central e a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao portal Uol.

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