Manifestação na Paulista será teste para Bolsonaro, que chama governadores e dá destaque às mulheres
Bolsonaro busca mobilizar apoio popular para a anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro em sua primeira manifestação desde que se tornou réu no STF. O evento, marcado por possíveis chuvas, testa a força do ex-presidente após um recente esvaziamento nas ruas.
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realiza manifestação na Avenida Paulista no próximo domingo, 6. Este é o primeiro ato pós se tornar réu no STF.
O evento visa a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro e servirá como teste para avaliar a capacidade de mobilização de Bolsonaro, especialmente após a baixa adesão em protesto anterior na praia de Copacabana.
A última grande manifestação atraiu 185 mil pessoas em fevereiro de 2024. Em comparação, apenas 18,3 mil participaram do ato pela anistia em março. Dados do Monitor do Debate Político da USP indicam desmobilização crescente entre apoiadores.
A previsão do tempo para domingo é de chuvas e trovoadas em São Paulo, com alerta laranja para chuvas intensas, válido até 4 de abril.
Bolsonaro declarou: “A presença do povo na Paulista será um termômetro para a anistia”, incentivando a população a comparecer para apoiar a proposta que atualmente conta com 196 votos favoráveis na Câmara dos Deputados.
O ex-presidente também fez um apelo a governadores de direita para que compareçam, entre eles Romeu Zema (Novo-MG), que confirmou presença e defenderá a anistia, e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Gianni Nogueira (PL), vice-prefeita de Dourado (MS), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também estarão presentes, discursando em apoio à anistia. As mulheres terão destaque, com foco na figura da cabeleireira Débora Rodrigues, presa por protestar contra a injustiça.
A manifestação será encerrada pelo ex-presidente, precedido por outras figuras políticas, incluindo Malafaia e deputados ligados ao projeto da anistia.