Manobra eleitoral no Texas que visa eleição de 2026 desata guerra entre Estados americanos

Governo americano inicia manobra no Texas para redesenhar mapas distritais, visando mais cinco deputados em Washington. Isso desencadeia uma guerra entre Estados dominados por democratas e republicanos, que ameaçam fazer o mesmo.

A prática de “gerrymandering”, usada até então de forma discreta, é impulsionada por uma ordem do presidente Donald Trump. Ele busca manter a maioria da Câmara nas eleições de 2026, onde atualmente os republicanos têm uma margem apertada (220 a 215).

Com o redesenho no Texas, a intenção é alterar a representação de 25 para 30 deputados republicanos, enquanto 13 democratas passariam para 8. Na tentativa de barrar a votação, 56 deputados estaduais democratas fugiram do Estado.

Em resposta, o governador do Texas, Gregg Abbott, ameaça os deputados fugitivos com prisão e multas. Trump e o senador John Cornyn pediram a intervenção do FBI.

Como reação, os democratas da Califórnia aceleram uma proposta para cortar cinco cadeiras republicanas, mas enfrentam obstáculos devido a uma comissão independente responsável pela redistribuição. O governador Gavin Newsom convocou um plebiscito em novembro para avançar na proposta, condicionado à manobra no Texas.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, apresentou um projeto similar, mas mudanças só seriam válidas para 2028. Na Wisconsin, os democratas buscam mudanças por ações judiciais.

Este cenário cria um efeito dominó. Estados como Flórida, Missouri e Ohio debatem o redesenho. Em Indiana, o governador Mike Braun se reunirá com o vice-presidente J.D. Vance para discutir o tema.

No entanto, os republicanos possuem vantagem, pois na maioria dos Estados com controle democrata existem comissões independentes limitando mudanças. Rússia os democratas enfrentam dificuldades em Illinois, onde 14 dos 17 deputados já são democratas.