Manter aumento do IOF é importante para ‘recuperar o fiscal’, diz secretário do Tesouro
Secretário do Tesouro Nacional destaca a importância da arrecadação do IOF para a recuperação fiscal do país. Ceron também comentou sobre a necessidade de estabilidade econômica e o potencial corte de gastos tributários.
Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, reconheceu que as incertezas relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) prejudicam o mercado, mas destacou a importância da arrecadação para a recuperação fiscal.
Ceron afirmou que é necessário pacificar a questão e prosseguir. O governo, que editou um decreto em maio aumentando alíquotas do IOF, recuou parcialmente em duas ocasiões após a reação negativa, mas ainda espera arrecadar R$ 12 bilhões no segundo semestre.
O Congresso revogou o decreto, e o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o aumento. Ceron ressaltou a necessidade de maior estabilidade e previsibilidade para o ambiente econômico e defendeu o corte de gastos tributários, que poderia render R$ 15 bilhões em 2026, conforme mencionado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O secretário também mencionou a queda da inflação, sugerindo condições para uma flexibilização da política monetária em breve. A Selic atualmente está em 15% ao ano, considerada alta, mas Ceron está otimista quanto à sua queda.
Ele explicou que o alto nível da Selic impacta o custo da dívida pública, que está atrelada à política monetária. Apesar dos desafios, Ceron reafirmou o comprometimento da equipe em cumprir as metas fiscais e destacou que, ao atingir as metas, a estabilização da dívida será possível a partir de 2028.
"Precisamos consolidar os avanços econômicos e cuidar do fiscal", concluiu Ceron, enfatizando a importância da responsabilidade fiscal.