Máquina exportadora chinesa segue a pleno vapor, apesar do tarifaço de Trump
Exportações chinesas surpreendem com crescimento de 7,2% em julho, impulsionadas por demanda externa. Apesar da queda nas vendas para os EUA, mercados alternativos garantem um forte desempenho comercial.
Crescimento acelerado das exportações da China em julho surpreende economistas com aumento de 7,2%, totalizando US$ 322 bilhões. O desempenho se dá apesar da queda nas vendas para os EUA.
O crescimento foi impulsionado principalmente por embarques para União Europeia, Sudeste Asiático, Austrália e Hong Kong. Enquanto isso, as compras dos EUA caíram 22% em relação ao ano anterior.
A demanda global se mantém forte, mostrando que as exportações da China são resilientes, mesmo com altas tarifas dos EUA. A trégua tarifária atual, que expira em 12 de agosto, está em discussão.
Analistas preveem uma possível desaceleração das exportações no segundo semestre, devido a fatores como tarifas e menor demanda dos EUA. A China está também dependente de terceiros países para contornar barreiras tarifárias.
A moeda chinesa, o yuan, continua mais fraca em relação a outras moedas, o que favorece as exportações. Em julho, vimos aumento nas vendas de veículos e máquinas, enquanto as exportações de terras raras caíram.
As importações da China cresceram 4,1%, com destaque para circuitos integrados. O superávit comercial foi de US$ 98,2 bilhões, superior à média histórica.
Contudo, a incerteza sobre tarifas pode impactar o crescimento no futuro, evidenciando a fragilidade da demanda interna da China.