Marcha nacionalista em Jerusalém é marcada por tumulto entre israelenses e palestinos
Marcha do "Yom Yerushalaim" gera tensões entre israelenses e palestinos em meio a intensa violência na Faixa de Gaza. O governo israelense planeja deslocar a população palestina para áreas restritas, exacerbando a crise humanitária no enclave.
Centenas de israelenses marcharam em Jerusalém em 26 de outubro durante o Yom Yerushalaim, celebrado com provocações a palestinos.
Os participantes da Marcha da Bandeira gritaram frases como "Gaza é nossa" e "morte aos árabes".
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou a intenção de manter Jerusalém "unificada" sob soberania israelense.
Desde 1967, Jerusalém Leste é ocupada por Israel, não reconhecida internacionalmente, enquanto os palestinos reivindicam a cidade como sua capital.
No evento, grupos de jovens atacaram comerciantes e pedestres palestinos, considerando a marcha uma provocação em meio à guerra na Faixa de Gaza.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, visitou a Esplanada das Mesquitas, o que gerou indignação entre palestinos e países árabes.
Ele pediu a pena de morte para "terroristas" e expressou gratidão em suas redes sociais pela marcha.
O Exército de Israel emitiu um alerta para civis em Khan Younis devido a disparos de foguete.
A ordem de retirada se seguiu a bombardeios que mataram 50 pessoas, e novos planos revelaram a intenção de deslocar a população palestina para apenas 25% do enclave.
Os militares pretendem ocupar os 75% restantes da região nos próximos dois meses.
Netanyahu destacou que a operação "Carruagens de Gideão" é para derrotar o Hamas e resgatar reféns.
Ele também defendeu um plano de deslocamento de palestinos para outros países, que é mal visto pela comunidade internacional.
A Defesa Civil de Gaza afirmou que 33 das 50 vítimas em bombardeios estavam em uma escola utilizada como abrigo, mas Israel alegou que "terroristas importantes" estavam presentes no local.