Marcha nacionalista em Jerusalém Oriental tem agressões e choque entre manifestantes
Confrontos marcam manifestação em Jerusalém pela captura da Cidade Velha na Guerra dos Seis Dias. Grupos extremistas agrediram palestinos e ativistas em meio a um clima de tensão exacerbado pela presença de autoridades israelenses.
Grande manifestação em Jerusalém nesta segunda-feira (26) marca a captura da parte oriental da cidade por Israel na Guerra dos Seis Dias (1967).
Conflito entre grupos judeus extremistas, palestinos, ativistas israelenses e jornalistas foi registrado. A polícia teve que intervir durante os choques, e detecções ocorreram, segundo relatos da Reuters.
A marcha da bandeira atraiu milhares de participantes após o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, visitar o complexo da mesquita de Al-Aqsa, que é foco de tensão entre israelenses e palestinos.
Ben-Gvir, ligado ao governo de ultradireita de Binyamin Netanyahu, fez declarações provocativas durante celebração na Grande Sinagoga, defendendo a intensa repressão a palestinos e sugerindo ações militares na Faixa de Gaza.
Violência eclodiu na Cidade Velha quando manifestantes hostilizaram comerciantes palestinos. Jovens israelenses de assentamentos atacaram ativistas de esquerda e jornalistas, com ações que chocaram a oposição.
Netanyahu reafirmou a intenção de manter Jerusalém sob soberania israelense, enquanto um porta-voz da presidência palestina condenou a marcha, destacando que ações assim ameaçam a estabilidade da região.
A manifestação anual, que frequentemente provoca tensão, leva judeus ultranacionalistas a marcharem em áreas palestinas da Cidade Velha em direção ao Muro das Lamentações, atraindo forte controvérsia.
Israel considera Jerusalém como sua capital indivisível, enquanto a maioria dos países vê Jerusalém Oriental como território ocupado.