Marcha para Jesus tem oração “em socorro a Israel”
Deputado federal convoca fiéis para apoiar Israel em meio a críticas à política do governo Netanyahu. Marcha para Jesus destaca o apoio evangélico ao Estado judeu, ao mesmo tempo em que provoca protestos de alguns participantes.
Deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, fez um pedido de “oração em socorro” a Israel durante a Marcha para Jesus em São Paulo, no dia 17 de junho de 2025.
O evento teve forte presença de símbolos israelenses, incluindo bandeiras distribuídas entre os fiéis e a participação de autoridades. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) começou a marcha com uma bandeira de Israel.
O presidente da Conib, Claudio Lottenberg, discursou, expressando a gratidão dos judeus do Brasil aos evangélicos. “Israel está aqui ao lado dos irmãos evangélicos”, afirmou.
Um pastor norte-americano também liderou uma oração, mencionando que líderes em Jerusalém rezam pelos evangélicos brasileiros.
Os evangélicos consideram a bandeira israelense como um símbolo importante, acreditando que Israel é fundamental para a concretização de profecias religiosas.
Desde 7 de outubro de 2023, Israel tem operações militares na Faixa de Gaza após um ataque do grupo Hamas e se envolveu em hostilidades com países vizinhos, incluindo o Irã.
A dona de casa Marta Batista, de 61 anos, participou da marcha com uma bandeira palestina, criticando a política de Netanyahu. Ela afirmou: “Como evangélica, não aceito a política de eliminação de Netanyahu.”
Os evangélicos representam 26,9% da população brasileira, segundo o IBGE de 2022, sendo o segundo maior bloco religioso do país, atrás dos católicos (56,7%).
A Marcha para Jesus começou no Brasil em 1993, inspirada por um evento no Reino Unido. Desde 2009, é oficial no calendário do Brasil, sancionada por Lula. Jair Bolsonaro foi o primeiro presidente a participar em 2019.