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Marco legal para data centers prevê redução de impostos para o setor e exige uso de energia limpa

Governo brasileiro trabalha em medida provisória que exige uso de energia limpa para novos data centers e prevê incentivos fiscais de até R$ 2 trilhões. A iniciativa busca antecipar a Reforma Tributária e fortalecer o desenvolvimento regional e a sustentabilidade no setor.

Medida Provisória para Data Centers no Brasil

O governo federal está finalizando uma medida provisória (MP) para incentivar a instalação de data centers no Brasil, prevendo o **uso obrigatório de energia limpa** no setor.

O Ministério da Fazenda estima um potencial de **R$ 2 trilhões** em investimentos com incentivos como:

  • Desoneração total de investimentos de longo prazo (Capex).
  • Isenção de impostos de importação para equipamentos sem fabricação nacional.
  • Isenção de tributos sobre serviços exportados.

A MP deve ser publicada em breve e exigirá investimentos em desenvolvimento regional, pesquisas em inteligência artificial e sustentabilidade.

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira Lima, destacou que o Capex representa **85%** dos investimentos em data centers e que será obrigatório o uso de fontes de energia como eólica e solar.

Ministérios e a Casa Civil estão envolvidos na proposta. O ministro Fernando Haddad apresentou o plano em uma reunião na Califórnia com empresas como Google, Meta, Microsoft e Amazon.

Além disso, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, esteve na China em busca de investimentos, conversando com empresas como BYD e Huawei.

A elaboração da MP começou no ano passado e 2025 é esperado como um ano mais promissor para a política pública. A Associação Brasileira de Data Center (ABDC) vê o Brasil como competitivo, mas cita o “custo Brasil” como desafio.

Propostas locais incluem:

  • Em São Paulo, apoio técnico já resultou em investimentos.
  • Rio de Janeiro: projeto Rio AI City promete gerar bilhões de dólares.
  • Porto Alegre: a Scala Data Centers investiu R$ 250 milhões, criando 500 empregos.

Apesar dos avanços, desafios como a ampliação da infraestrutura elétrica e de conectividade nos Norte, Nordeste e Centro-Oeste permanecem. Empresas pedem políticas públicas que fomentem investimentos fora dos centros urbanos.

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