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Marco Rubio quer excedente paraguaio em Itaipu para IA americana

Marco Rubio destaca a importância da energia de Itaipu para o futuro da inteligência artificial nos EUA, ressaltando a necessidade de investimento em países com capacidade energética. A expiração do contrato com o Brasil abre novas oportunidades e desafios nas relações entre Brasil e Paraguai.

Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, afirmou que a energia excedente da Itaipu pode ser utilizada para o desenvolvimento de inteligência artificial (IA) americana.

A declaração ocorreu durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, onde Rubio comentou sobre a participação dos EUA na COP30. Ele destacou que a questão energética será prioridade na política externa dos EUA pelos “próximos 100 anos”.

Rubio citou o Paraguai e seu acordo de venda de 50% da energia de Itaipu ao Brasil. Com o fim do contrato em 2023, o Paraguai analisa o aproveitamento da energia excedente.

Um novo acordo, firmado em 2024, permite que o Paraguai venda sua cota de energia diretamente à indústria brasileira no mercado livre a partir de 2027. No entanto, um constrangimento diplomático surgiu devido a uma suposta invasão de hackers da Abin na comunicação paraguaia, o que levou à suspensão das negociações do chamado “anexo C”.

A relação entre Brasil e Paraguai se deteriorou ainda mais com o apoio brasileiro a um candidato do Suriname na OEA, que resultou na retirada da candidatura paraguaia.

No Brasil, há preocupações sobre a proposta de atração de datacenters no Paraguai, que dependem da garantia do fornecimento de energia de Itaipu. O Itamaraty não se manifestará sobre a situação do “anexo C”, mas a fala de Rubio é vista como um estímulo para investidores em IA no Paraguai.

A percepção é de que o Brasil deve favorecer os investimentos que utilizem a energia de Itaipu, considerando que construiu a linha de transmissão até Assunção.

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