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Margem Equatorial e licenciamento ambiental: desafios e controvérsias

O debate sobre o licenciamento ambiental para exploração de petróleo na Margem Equatorial levanta dilemas cruciais entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Com a proposta de revitalização do processo, especialistas apontam a necessidade de reformas e maior integração entre órgãos governamentais.

O Brasil enfrenta um debate sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, envolvendo especialistas e a sociedade civil.

Um ponto crucial é o licenciamento ambiental, gerido pelo Ibama, que visa equilibrar o crescimento econômico com a proteção dos recursos naturais.

Entretanto, o processo encontra diversos desafios:

  • Excesso de tempo para obtenção da licença, aumentando custos e desencorajando investimentos.
  • Falta de recursos e profissionais especializados no Ibama, que afeta a qualidade das análises e fiscalização.
  • A sobrecarga de trabalho e infraestrutura insuficiente causam atrasos na identificação de riscos ambientais.
  • Propostas de reforma para um sistema mais eficiente enfrentam resistência devido à polarização de interesses.
  • Ausência de uma base de dados compartilhada dificulta decisões coordenadas.

Ainda assim, o licenciamento é essencial para a proteção dos ecossistemas do país, buscando um equilíbrio entre progresso econômico e conservação ambiental.

No caso do Amapá, o Parecer Técnico 223 de 2024 analisa um pedido da Petrobras para licença ambiental de perfuração na Bacia da Foz do Amazonas.

O documento destaca:

  • A importância de informações claras nos protocolos do PPAF.
  • Propostas de construção de uma base avançada de atendimento à fauna em Oiapoque e uma unidade móvel de recepção.
  • Investimentos estimados de R$ 150 milhões em Oiapoque, com preocupações sobre custos e eficiência.
  • A necessidade de uma AAAS para a bacia, mas que não será considerada em suas conclusões.

O documento ressalta a falta de consulta pública sobre a política energética, que deveria ser responsabilidade do CNPE, não das empresas ou órgãos ambientais.

Observa-se um nível de ideologização que pode levar o Brasil a repetir erros de outros países ao negligenciar a Margem Equatorial, comprometendo a segurança energética.

É primordial que o debate seja aberto e fundamentado, com foco na imparcialidade e no rigor científico.

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