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Marido de ativista vive périplo por prisões da Venezuela tentando encontrar esposa detida em protesto

Ativista está detida na Venezuela após protesto em apoio a mães de presos políticos. Marido pede apoio de Lula e critica repressão do governo Maduro.

Antonio González busca sua esposa, a ativista Martha Lía Grajales, detida na sexta-feira (8) após uma manifestação em frente à ONU, na Venezuela.

Após quatro dias sem informações, González clama por um pronunciamento do presidente Lula sobre o caso. Ele destacou a importância de ações políticas em relação à situação de Martha e às injustiças contra muitos detidos.

Grajales, que trabalhava com o coletivo de direitos humanos SurGentes, foi detida enquanto apoiava as Mães em Defesa da Verdade, grupo que luta pela liberdade de filhos presos injustamente. Desde as eleições de julho que reelegeram Nicolás Maduro, o país enfrenta protestos e repressão, com dezenas de mortos e milhares de detidos.

González e Martha estavam juntos em um ato pacífico quando ela foi abordada pela polícia, alegando que seus documentos haviam sido roubados. Desde então, a comunicação foi perdida. Somente nesta segunda-feira (11), ele foi informado que ela estava na Direção de Investigação Penal de Maripérez.

A Procuradoria-Geral alegou que Martha foi presa por "incitação ao ódio" e "conspiração", com base em uma interpretação de suas atividades no SurGentes. González considera essas acusações risíveis, ressaltando o foco da organização em apoiar comunidades carentes.

Martha, colombiana, vive na Venezuela há mais de dez anos e tem um filho de 13 anos com González. Apesar de seu histórico de colaboração com o governo, ela agora enfrenta perseguição. O marido mencionou o apoio popular à causa dela, indicando uma crescente insatisfação até entre aliados históricos do regime.

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