Marina defende COP30 e afirma não ter “plano B” para veto no licenciamento ambiental
Marina Silva destaca a importância da COP30 em Belém, ressaltando que os desafios de infraestrutura não devem ofuscar os avanços nas negociações climáticas. Ela defende ainda o veto a trechos do projeto de lei do licenciamento ambiental para preservar a integridade do processo.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu a realização da COP30 em Belém (PA) nesta segunda-feira (11), apesar de críticas à infraestrutura da cidade.
Em entrevista ao portal g1, ela reconheceu a crise de hospedagem e os preços “inaceitáveis” dos leitos, que chegam a até dez vezes o valor habitual.
Marina enfatizou que a conferência deve ser lembrada pelo avanço nas negociações climáticas e reiterou a meta de mobilizar US$ 1,3 trilhões por ano até 2035, superando os US$ 300 bilhões acordados na COP anterior.
Ela criticou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, mas assegurou que o mundo continuará a exigir responsabilidades climáticas.
A ministra também apoiou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a trechos do projeto de lei do licenciamento ambiental, afirmando que isso visa preservar a integridade do processo.
- Prioridades incluem proteger direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais.
- A segurança jurídica e a implementação de inovações legislativas são fundamentais.
Marina alertou que a derrubada dos vetos pode gerar insegurança jurídica e afetar o acordo União Europeia-Mercosul, além de comprometer as metas de redução de CO₂ que o Brasil assumiu no Acordo de Paris.
Ela declarou que não há plano B: "Nosso plano B é que o plano A seja o plano de todos nós.”
Sobre a polêmica da exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, Marina afirmou que é necessário encontrar “um caminho do meio” e que os países ricos devem liderar a transição dos combustíveis fósseis.
O Brasil já contribui consideravelmente na sua matriz energética e está em análise no Ibama, enquanto o presidente Lula apoia a exploração na região.