Marina nega isolamento e defende avanços na agenda ambiental
Marina Silva reafirma seu compromisso com a agenda ambiental do governo e descarta uma possível saída do ministério. Em meio a tensões políticas, ela defende o esforço coletivo para reduzir o desmatamento, apesar das críticas à flexibilização do licenciamento ambiental.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, nega estar isolada no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, ela assegurou que não cogita deixar o cargo, apesar de reconhecer contradições na base governista.
Marina citou a queda do desmatamento nos últimos meses como um exemplo do empenho da administração federal na agenda ambiental.
Ela questionou: “Você acha que teríamos reduzido o desmatamento em todo o Brasil se não houvesse esforço coletivo de 19 ministérios?”.
A declaração ocorreu após o Senado aprovar um projeto que flexibiliza o licenciamento ambiental, criticado por ambientalistas e considerado um retrocesso por ela.
A ministra deixou a Comissão de Infraestrutura após embates com senadores, recebendo apoio do presidente Lula. Seu ato foi descrito como uma “ação política”.
Marina pretende tomar medidas contra ataques e argumenta que a aprovação do projeto não reflete uma rejeição à agenda ambiental, mas uma disputa interna e pressões econômicas.
Ela aposta no diálogo com congressistas e na mobilização social para reverter retrocessos: “A sociedade já se mobilizou em muitos momentos”.
Sobre sua permanência, afirmou: “Não penso em deixar o ministério”. Enfatizou a coexistência das agendas econômica e ambiental no governo.