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Marina Silva é alvo de ataques na Câmara e reage: ‘Fui terrivelmente agredida’

Marina Silva enfrenta críticas e embates na audiência sobre desmatamento e queimadas. Tensão expõe a polarização entre agenda ambiental do governo e interesses do setor rural.

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é alvo de críticas duras durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

O encontro, voltado para desmatamento e queimadas, foi marcado por embates verbais e acusações, principalmente de parlamentares da oposição.

O deputado Evair de Melo (PP-ES) destacou-se ao afirmar que Marina é “incoerente” e insinuar que seu discurso se alinha a interesses internacionais. Ele disse: “Sua incoerência nos irrita, porque se a senhora fosse coerente eu entenderia.”

A ministra respondeu de forma firme, mas sem escalar o confronto: “Eu fui terrivelmente agredida, mas estou em paz.”

Marina também criticou as interrupções constantes durante sua fala, chamando o comportamento de alguns deputados de “ofensivo a uma mulher”. Ela notou: “Quando um homem ergue a voz, ele está sendo incisivo. Quando uma mulher fala, é interrompida e desrespeitada.”

O deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE) defendeu a ministra, pedindo respeito institucional e cobrando que o presidente da comissão, Rodolfo Nogueira (PL-MS), restabelecesse a ordem.

Este não é o primeiro episódio de hostilidade que Marina enfrenta no Congresso. Em maio, ela foi criticada durante audiência no Senado e deixou a reunião após declarações ofensivas.

Marina relembrou que fez “uma longa oração” antes de retornar ao Parlamento, mencionando: “Estou em paz.”

A audiência também abordou temas como o aumento das queimadas, atuação do Ibama, degradação da Amazônia Legal e morosidade na liberação de defensivos agrícolas, revelando o desgaste entre o Ministério do Meio Ambiente e o Congresso.

O debate expôs a polarização política nas discussões sobre desenvolvimento rural e preservação ambiental no Brasil.

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