Marinho diz que Brasil dependerá menos dos EUA após crise e repete crítica de Lula a Trump: ‘Acha que é imperador do mundo’
Ministro do Trabalho destaca a redução da dependência comercial do Brasil em relação aos EUA e critica ações do governo americano. Ele afirma que o país está aberto ao diálogo, mas defende respeito nas negociações.
Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o Brasil reduzirá sua dependência comercial dos EUA após a crise diplomática atual.
No início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, cerca de 25% das exportações brasileiras iam para os EUA. Hoje, esse percentual é de 12%.
Marinho acredita que, após a crise, essa dependência será ainda menor. Ele também declarou que o Palácio do Planalto está aberto ao diálogo com empresários americanos, mas criticou Donald Trump, acusado de agir como “imperador do mundo”.
O Brasil enfrenta tensões crescentes com os EUA, que impuseram tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e revogaram vistos de ministros do STF.
Recentemente, a embaixada americana chamou o programa Mais Médicos de “golpe diplomático” e alegou que autoridades brasileiras acobertam um “esquema de exportação de trabalho forçado” de médicos cubanos, o que foi contestado pelo governo brasileiro.
Marinho afirmou que o Brasil está disposto a negociar, “mas sem bravata” e “com respeito”. Ele enfatizou: “Não vamos abaixar a cabeça para ninguém.”
Trump também defendeu publicamente Jair Bolsonaro, preso em regime domiciliar, afirmando que sofre uma “execução política”. Ações de Washington contra o Judiciário brasileiro provocaram a convocação do encarregado de negócios da embaixada pelo Itamaraty.