Matemática de Trump põe em xeque ordem do comércio global. É a hora e a vez do Brasil?
Mercados globais reagem ao tarifaço americano, enquanto Brasil se destaca com menor impacto. Expectativas de desaceleração econômica nos EUA geram incertezas sobre o futuro das relações comerciais.
Investidores ficaram intrigados após o anúncio do tarifaço de Donald Trump. O discurso do presidente americano não preparou os mercados para as tarifas aplicadas a diversos países.
Representantes globais estão confusos sobre como agir, com alguns prontos para retaliar, levantando a possibilidade de uma guerra comercial.
O Brasil, porém, parece ter sido menos afetado por esse embate. No dia 3 de outubro, o Ibovespa fechou em 131.141 pontos, com leve queda de 0,04%, mas valorização de 9% no ano. O giro da bolsa foi de R$ 21 bilhões.
Alison Correia, da Dom Investimentos, afirmou que a medida de Trump pode não impactar tanto o Brasil devido ao seu déficit na balança comercial com os EUA.
O analista Matheus Spiess alertou para o risco de estagflação nos EUA, que pode impactar a economia global e o Brasil. Neste cenário, o Ibovespa subiu devido à leve taxa mínima para produtos brasileiros, enquanto setores cíclicos se destacaram.
Os ativos globais, como dólar e commodities, caíram, refletindo o aumento da cautela entre investidores. O dólar comercial recuou 1,23%, a R$ 5,63, o menor valor em cinco meses.
O Banco Central pode ter um alívio na inflação e, consequentemente, espaço para reduzir a Selic. No entanto, o impacto total do tarifaço de Trump ainda é incerto e pode causar volatilidade no mercado.
A hora do Brasil? O futuro depende das negociações internacionais e dos efeitos indiretos da implementação destas tarifas no comércio global.