Materiais de construção variaram abaixo da inflação, exceto fio de cobre, aponta novo índice
Sienge apresenta novo índice que acompanha a variação de preços dos materiais de construção no Brasil. A primeira divulgação aponta que a maioria dos insumos sofreu aumento inferior à inflação recente.
Sienge lança o Índice de Preços de Materiais de Construção (IPMC) para medir variação de custos das obras no Brasil.
A primeira divulgação, referente aos últimos 12 meses até abril, mostra que a maioria dos insumos teve alta inferior à inflação ou teve queda no preço.
- Fio de cobre: alta de 8,64%, superior ao IPCA (5,53%); 16,94% na região Norte.
- Aço: +2,52%.
- Cimento: +1,79%.
- Tinta acrílica: -2,32%.
- Argamassa: -4,51%.
A gerente de inteligência estratégica, Gabriela Torres, explica que a relação do preço do cobre com o dólar justifica o aumento.
O IPMC, que analisa 2 milhões de notas fiscais eletrônicas, será divulgado mensalmente e mostrará a variação por região, sem padrão claro de aumentos ou quedas.
Próximos passos: A Sienge planeja incluir mais materiais no índice, visando abarcar os 10 principais insumos que representam 50% do custo total da obra.
Materiais de construção representam em geral 35% a 55% do custo de uma obra, dependendo do tipo de empreendimento.
O IPMC complementa índices existentes como o INCC, que teve alta de 7,52% nos últimos 12 meses, e desacelerou para 7,17% em maio.
A metodologia do IPMC é da Cica Rev Consultoria e conta com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).