Matriz elétrica dos principais países ficou mais renovável em 2024
As principais economias do mundo estão acelerando a transição para energias renováveis, com destaque para o Japão, que lidera o crescimento. Apesar disso, EUA e China continuam a depender fortemente de fontes não renováveis em suas matrizes elétricas.
A matriz elétrica das principais economias tornou-se mais renovável em 2024. Segundo o site especializado Ember Energy, 14 países aumentaram a participação de fontes eólica, solar e hidráulica na produção de energia.
O Japão teve o maior crescimento, com um avanço de 7 pontos percentuais em relação a 2023. Isso inclui:
- 4 pontos percentuais em energia eólica e solar
- 1 ponto percentual em hidráulica
- 3 pontos percentuais em outras renováveis, como bioenergia
Por outro lado, o Canadá e o México diminuíram a participação de renováveis em 1 e 3 pontos percentuais, respectivamente. O Canadá é o 2º em presença de renováveis.
Na Alemanha, Reino Unido e Espanha, eólicas e solares são a principal fonte de geração elétrica.
Em 2023, apenas Brasil, Canadá e Alemanha tinham mais de 50% em renováveis. Em 2024, Espanha e Reino Unido se juntaram a este grupo.
Segundo a Ember Energy, o avanço nas renováveis não afetou o preço da conta de luz, sem variações significativas na Europa de 2023 a 2024. A última grande alta de preços foi em 2022, devido à guerra da Ucrânia.
A Alemanha aumentou sua produção de energia renovável em 6 pontos percentuais, sendo muito dependente do gás russo.
O Brasil continua com a maior participação de renováveis (89%), enquanto o Canadá tem 66%. O Brasil é um exemplo de transição energética global, com destaque para as hidrelétricas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacam a transição energética do Brasil como referência mundial, especialmente em relação a empreendimentos fósseis.
Apesar dos avanços, as superpotências EUA e China ainda dependem majoritariamente de fontes não renováveis: gás nos EUA e carvão na China.