Mauro Cid confirma depoimentos, mas esclarece pontos em favor de Marcelo Câmara

Tenente-coronel Mauro Cid confirmou nesta quarta-feira (13) depoimentos anteriores ao Supremo Tribunal Federal (STF) e concordou com a inserção de esclarecimentos a favor do coronel Marcelo Câmara, ambos réus em ação penal sobre a tentativa de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

Os dois participaram de uma acareação de cerca de 50 minutos. Cid reafirmou que Câmara sabia sobre uma minuta de decreto golpista. No entanto, não pode afirmar se era a mesma apresentada pelo ex-assessor Filipe Martins.

Cid também confirmou que Câmara monitorou o ministro Alexandre de Moraes, o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin em 2022. Contudo, não pode afirmar se Câmara estava ciente de um plano chamado “Punhal Verde e Amarelo” para assassinar os alvos. Câmara alegou que os monitoramentos eram para “acertar agendas”.

O advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, expressou satisfação com a acareação, esperando que contribua para a absolvição de seu cliente. Ele afirmou que ficou claro que não houve monitoramento com objetivo de atacar Moraes.

A acareação, coordenada pelo relator Alexandre de Moraes, foi realizada na ação penal do núcleo 2 da trama golpista. O grupo, composto por cinco réus, é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de crimes como organização criminosa e golpe de Estado.

Câmara está preso preventivamente em Brasília; sua defesa pediu a liberdade enquanto aguarda julgamento. Moraes solicitou parecer da PGR antes de decidir, mas autorizou que Câmara tenha acesso a um computador na prisão.

Com informações da Agência Brasil