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Mauro Cid reafirma que Filipe Martins apresentou minuta de golpe a Bolsonaro

Depoimento revela detalhes sobre a elaboração da "minuta do golpe", incluindo a participação de Filipe Martins e alterações feitas por Bolsonaro. Cid também confirmou encontros com assessores para discutir fraudes eleitorais e medidas contra autoridades do STF.

Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, reafirma em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-assessor Filipe Martins apresentou a "minuta de golpe" ao ex-presidente.

Cid prestou depoimento como informante nas ações penais relacionadas aos núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista.

Ele relatou que Martins e um jurista levaram a Bolsonaro um documento com medidas para reverter o resultado das eleições de 2022. O ex-presidente editou a minuta, mantendo a prisão do ministro Alexandre de Moraes e de outras autoridades na versão anterior.

Cid disse que viu a minuta com correções sugeridas por Bolsonaro, além de confirmar uma segunda reunião em que o documento foi apresentado aos comandantes das Forças Armadas. A defesa de Martins nega as acusações.

No depoimento, Cid mencionou um conjunto de ordens na trama, mas não revelou quem seriam os autores. Ele acreditava que o medo de punição desestimulou assinaturas na minuta.

Além disso, Cid confirmou que Bolsonaro recebeu a deputada Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti para discutir fraudes nas urnas eletrônicas e que o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, se encontrou com eles posteriormente.

Bolsonaro, Cid, Nogueira e mais cinco são réus na ação sobre o “núcleo crucial” da trama golpista, que está na fase de alegações finais, antes do julgamento.

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