Mauro Vieira defende asilo a ex-primeira-dama do Peru
Chanceler destaca que asilo a Nadine Heredia foi baseado em urgência humanitária e precedentes históricos. Ele reafirma que a decisão é uma prática tradicional do Brasil em casos semelhantes na América do Sul.
Ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) afirmou, em reunião na CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado, que o asilo a Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru, foi concedido com “bases humanitárias”.
Ele destacou a cirurgia recente de Heredia e a situação de seu filho menor como razões para a decisão, caracterizando-a como “procedimental e soberana”.
A ex-primeira-dama chegou a Brasília em 16 de abril de 2025, após a concessão de asilo diplomático, após condena de 15 anos por lavagem de dinheiro, junto ao ex-presidente Ollanta Humala. Ambos negam as acusações relacionadas à empreiteira Odebrecht.
O Ministério das Relações Exteriores destacou que a concessão de asilo seguiu a Convenção de Asilo Diplomático de 1954. Vieira mencionou outros casos históricos de asilo no Brasil, como os ex-presidentes Raúl Cubas e Alfredo Stroessner.
O ministro alertou que o asilo a Heredia busca evitar situações complicadas, como a dos venezuelanos que ficaram na embaixada argentina em Caracas, onde o Brasil ofereceu apoio que foi negado.
O resgate dos asilados venezuelanos acabou sendo realizado pelos Estados Unidos em 6 de maio.