Mediadores aguardam resposta de Israel a nova proposta de cessar-fogo em Gaza
Mediadores aguardam resposta de Israel sobre proposta de trégua com Hamas, que inclui libertação de reféns e cessar-fogo de 60 dias. Conflito já resultou em uma catástrofe humanitária em Gaza, com dezenas de milhares de mortos.
Negociações por cessar-fogo entre Israel e Hamas aguardam resposta de Tel Aviv a nova proposta de trégua, apresentada após o Hamas aceitar o plano. O conflito já dura 22 meses e diálogos anteriores resultaram em duas breves tréguas e troca de reféns.
A proposta atual, mediada por Egito e Qatar com apoio dos EUA, sugere uma trégua de 60 dias e liberação de reféns em duas etapas. "A bola está no campo israelense", afirmou o diretor de inteligência egípcio.
Os termos assemelham-se a um plano anterior que Israel já aceitou. No entanto, uma funcionária israelense disse que as exigências do país permanecem inalteradas: libertação total dos reféns e desarmamento do Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, ainda não comentou a proposta, mas pediu a libertação de todos os reféns "de uma só vez". A resposta de Israel deve ser anunciada até o final da semana, enquanto o país analisa a proposta.
O plano inclui a libertação de 200 prisioneiros palestinos em troca de 10 reféns vivos e 18 mortos. A questão do desarmamento do Hamas será discutida durante o cessar-fogo.
Pressões aumentam sobre Netanyahu, especialmente após o ataque de 7 de outubro de 2023, que resultou no sequestro de 251 reféns. Até hoje, 49 permanecem em cativeiro.
As hostilidades continuam em Gaza, com bombardeios que já mataram mais de 62 mil pessoas, a maioria civis. As condições são difíceis, e a imprensa internacional enfrenta bloqueios.
Moradores relatam explosões contínuas e a intensificação da ofensiva israelense nas áreas de Gaza.