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'Médicos me deram 3 meses de vida, mas passaram-se 40 anos'

Jonathan Blake, um dos primeiros diagnosticados com HIV na Grã-Bretanha, reflete sobre sua jornada de 40 anos vivendo com o vírus. Ele destaca a importância da conscientização e combate ao estigma, enquanto Londres avança para erradicar novas infecções até 2030.

Jonathan Blake, ativista e um dos primeiros diagnosticados com HIV na Grã-Bretanha, relembra seu diagnóstico feito em 1982, aos 33 anos, no Hospital Middlesex.

Ele foi nomeado Paciente L1 e sua história foi retratada no filme Pride (2014). Ao lembrar do diagnóstico, disse: "Cada linfonodo do meu corpo tinha acabado de entrar em erupção".

Atualmente com 76 anos, Blake recebeu a previsão de vida de apenas três a nove meses e encarou a necessidade de cuidados paliativos com ceticismo.

O HIV compromete o sistema imunológico, levando à Aids em casos avançados. O ativista frisou a importância do conhecimento sobre a carga viral indetectável que permite viver sem transmitir o vírus.

Em 2023, o National Aids Trust registrou um aumento de 27% no tratamento de HIV, com 107.949 pessoas tratadas, destacando o avanço na luta contra a epidemia.

Jonathan ressalta que o HIV é uma "epidemia esquecida", ainda marcada por estigma, mas com acesso à medicação eficaz através do NHS.

Ele participará do lançamento do relatório Getting to zero by 2030: HIV in London, que almeja erradicar infecções, estigmas e mortes relacionadas ao HIV até 2030.

O presidente do Comitê de Saúde da Assembleia de Londres, Krupesh Hirani, informou que as novas infecções aumentaram desde 2020 e pediu ações do prefeito Sadiq Khan.

A prefeitura planeja um memorial permanente em Londres, com investimento de 130 mil libras, que será inaugurado em 2027.

Jonathan expressou que o memorial ajudará a criar uma comunidade de apoio e a honrar a memória dos amigos perdidos devido ao HIV/Aids.

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